sábado, 21 de abril de 2012

Aleitamento Materno Exclusivo (AME): uma recomendação da OMS!


O leite materno é sem dúvida o alimento mais rico e completo para o recém-nascido e amamentar traz inúmeros benefícios para bebês e mamães. Entretanto, existem algumas dúvidas comuns (facilmente esclarecidas) como:
  1. Durante quanto tempo o bebê pode ser amamentado? 
  2. Quando a mãe pode oferecer outros alimentos ao bebê?
Essas perguntas têm respostas simples e vêm sendo amplamente divulgadas pela OMS-Organização Mundial de Saúde que defende a prática do ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO (AME).

Um recém-nascido é amamentado de forma exclusiva quando recebe somente leite materno (de sua mãe ou ordenhado) e não recebe quaisquer outros líquidos ou alimentos sólidos, à exceção de gotas de vitaminas, minerais ou outros medicamentos.

Duração Ideal do AME

A duração ideal da amamentação exclusiva tem sido objeto de debate entre especialistas ao longo de vários anos.

Em 1979, a recomendação da OMS quanto à duração do aleitamento materno exclusivo era de “quatro a seis meses”.

Atualmente, o recomendado pela OMS é amamentação exclusiva por “seis meses” continuada da amamentação por dois anos ou mais com uma alimentação complementar segura e adequada.

Estudos Científicos Comprovam a Importância do AME

Na década de 1980 começaram a ser publicados os primeiros estudos que mostravam as vantagens da amamentação exclusiva e desde então ficou evidente que a introdução de água, chá, outros líquidos ou alimentos pode:
  • aumentar consideravelmente o risco de doenças;
  • ter impacto negativo sobre o crescimento dos bebês;
  • reduzir a duração total da amamentação.
Crianças não amamentadas quando comparadas àquelas que recebem leite materno de forma exclusiva têm mais risco de morte por diarréia nos primeiros seis meses de vida e a frequência da diarréia pode dobrar quando água e chás são oferecidos em adição ao leite materno para crianças de mesma idade.

No primeiro ano de vida, crianças não amamentadas têm uma probabilidade muito maior de morrer por doença respiratória ou de ser hospitalizada em decorrência de pneumonia quando comparadas com crianças exclusivamente amamentadas.

Bebês amamentados exclusivamente recebem a quantidade de água necessária para se manter hidratados, até mesmo em regiões tropicais, sob condições que aumentam as perdas de água, como altas temperaturas e clima seco.

Fatores que Interferem na Prática do AME

Mulheres com baixa escolaridade, adolescentes e mães de “primeira viagem” são as que têm menor probabilidade de manter o AME até sexto mês de vida.

Felizmente, as pesquisas nacionais realizadas nas últimas três décadas revelam que a situação do AME no Brasil vem melhorando gradativamente.

Portanto, é fundamental a orientação e apoio às mamães para que elas possam amamentar seus bebês e de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida.
 
Fonte: Manual de Aleitamento Materno da Federação Brasileira
das Associações de Ginecolgia e Obstetrícia - 2010.
 
(Postado no blogger por S.G.M.O.G.)

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